quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um amparo


Segui os seus passos até o seu quarto, tentando segurar as lágrimas que teimam em se libertar dos meus olhos, não consegui. Ao entrar em seu quarto já sentei na sua cama ainda desarrumada e cai em prantos, ela sentou do meu lado e perguntou calmamente o que havia acontecido e eu apenas continuei chorar. Eu precisava por todas as vezes em que eu sentia vontade de chorar para fora. Ela esperou, acariciando os meus cabelos soltos e caídos junto com o meu rosto em sua cama. Eu estava me sentindo amparada finalmente. Quando me acalmei, consegui então falar, mas não sabia o que tanto estava me encomodando, talvez o motivo de minha pessoa estar daquele estado fosse a solidão, mas eu saia todos os dias, não havia do que reclamar. Talvez a minha alma trancada. Então disse finalmente. -Vou terminar com ele. Então eu vi que talvez fosse isso, apenas isso que eu necessitava, me sentir livre, sentir de verdade. Ah, minha tão querida amiga, que por ironia do destino mora à duas quadras da minha casinha.